quinta-feira, 29 de novembro de 2007

É extremamente importante que todo incauto leia as seguintes diretrizes que guiam a missão de Paper St. 1531 Inc. e seus participantes:

1º - Este é um site de ficção, que se passa em um mundo paralelo onde políticos são corruptos e os religiosos são fanáticos. Qualquer semelhança com a vida real é mera consciência.

2º - Conhecemos a constituição e sabemos que "É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias.(Artigo 5, Inciso VI). Entendemos que isso inclui mesmo os cultos mais estranhos e as crenças menos populares.

3º - O ponto em questão não será jamais qual a crença defendida pelo grupo. O importante não é saber no que nós acreditamos, mas sim em saber até quando você vai duvidar.

4º - Nenhum experimento ou sistema exposto aqui é válido para todas as pessoas em todos os períodos ou lugares. Alguns destes costumes ou práticas, como o uso de certas drogas ou práticas sexuais, ainda são ilegais em planetas primitivos.

5º - Nada aqui deve ser entendido, ou mesmo subentendido ou imaginado, como incitação ou apologia a qualquer crime, não importando o quão hipócrita ou irracional seja a sociedade que os definiu como crime.

6º - Em quase todas as sociedades existem tabus tribais ou restrições morais estabelecidas por sistemas de crenças, especialmente os de cunho econômico e sanitário, que, se contrariados, mesmo em forma puramente verbal, podem, levar uma pessoa à forca, à fogueira, ou em lugares e tempos mais hipócritas, à discriminação.

7º - Nossa página se exime de qualquer uso considerado (e/ou realmente) indevido de qualquer informação ou sistema explicado neste website, sejam estes consistentes ou não.

Assim dessa forma deixemos o caos tomar conta.
LIBERDADE, DIVERSIDADE E FALTA DE VERGONHA NA CARA
trabalhe conosco: anyonejohndoe@gmail.com

quarta-feira, 28 de novembro de 2007



"Os vermes dos sentidos ponderam rapidamente a destruição. Vencer não é tudo, mas em nossa elitista e competitiva sociedade, é tudo o que conta. Bolinhos de arroz para o povo e caviar para os líderes que construíram nosso mundo ao redor de máquinas, dinheiro e matéria. Fomos deixados de lado no plano e nosso destino é definido pelo vendedor de carros usados ou pelo chefe da fábrica. Entediados, voltamos para casa de cabeça baixa e criatividade roubada como um efeito do lucro capitalista. Neste estado de delírio não há nada mais do que simples abstrações mentais da matéria e a crença de que o trabalho irá de algum modo "macht frei". A teoria que Marx reconheceu de Feuerbach, e agora nós, o povo, precisamos enxergar o espetáculo que nos liga inevitavelmente ao nosso "destino". Alienação não é comodidade, cifras, estatísticas ou faz-de-conta, mas uma ferramenta bastante real de opressão e reclusão. Se não pudermos tirar nossa parte então não devemos tomar parte. As faculdades do crânio são mais uma dimensão daquilo que está nos extinguindo. O imperialismo no terceiro mundo é dominante até mesmo em nosso gosto por bebidas e tira-gosto. Exauridos e cabisbaixos, co-operações dizem que o lucro é deles por direito e que o sangue espremido na África, América do Sul, Burma, dos países Bálticos e do Sul da Ásia não é nada mais do que interesse de mercado e "lei de oferta e procura". Seus produtos são a morte e eles são os vendedores da corrupção e do abuso de poder. Os negociantes de escravos do nosso tempo. Eles são a inquisição. As máquinas que devem ser paradas.

Gire a maçaneta e espere pelo som libertador do êxtase e da revolução. Quem paga o locutor e quem controla as estações de rádio e quem dirige os selos musicais? Quem se beneficia com a des-politização da arte e da música e quem se beneficia com o limpo som da próxima maravilha pop? Quem controla os programas de auditório e quem paga o salário dos repórteres? Aqui e agora lhe oferecemos o gosto de nossa frequência de liberação, provida por nós para sua satisfação e excitação. Aqui é a rádio clash, 33 Revoluções Por Minuto, nosso paraíso de pensamentos e idéias. Ele poderia ser seu também, se você pudesse se deixar levar e girar a maçaneta e escutar e amar e cantar e pensar.

Aprisionados pelo ritmo mortal da linha de produção. Aprisionados pelas condições impostas pelo mercado capitalista. Aprisionados pelas necessidades da vida e forçados a tomar parte. Se estamos cansados é porque devemos estar e se estamos com fome é porque temos que estar e se estamos entediados é porque isto é esperado de nós. Entediados e acorrentados e aprisionados e mortos. Novas formas de campos de trabalho forçado são organizados e novas formas de esconder a monótona batida da escravidão são apresentadas. A condição preliminar exigida para propulsionar os trabalhadores ao status de "livres" produtores e consumidores de comodidades foi a violenta expropriação de seu próprio tempo. O espetacular retorno do tempo foi possível apenas após essa desapropriação de poder. Urbanismo é apenas o capitalismo tomando posse do ambiente natural e humano; se desenvolvendo logicamente em absoluto domínio, o capitalismo pode e deve recriar a totalidade do espaço em seu próprio cenário. Tempo, trabalho, ambiente e alegria, todos possuem suas normas estabelecidas pelos modernos meios de produção.

O desajeitado jovem toca o seu pôster e de relance olha o céu e as estrelas. O dia parece não ter fim e há um certo tom de inocência e brincadeira. O mantra será repetido e aprenderemos a obedecer e amar e idolatrar os poucos escolhidos. Hábitos inconcebíveis e então temos de viver. Ideais corrompidos e ecos do passado sobre idéias que uma vez foram verdadeiras brilham como intocáveis constelações. Mas somos todos estrelas, brilhando e queimando, cruzando as estradas procurando pela próxima parada e pela próxima pausa do tédio e da escravidão capitalista. E então existe a opção entre férias de verão vs. rotina punk. E então existe a cobiça pelo dinheiro e heróis caídos. "Estamos todos cansados de morrer". Então porque não tentar viver para variar e tornar aquela trêmula luz em uma resplandecente e brilhante criação através da realização de que você sabe tudo e de que você é você?

Devo pintar para você um quadro sobre como eu me sinto? Essa situação da Arte vs. Vida e o presente elitismo dentro da burguesia. Os críticos mantém suas cabeças levantadas porque eles sabem do real sofrimento e do real trabalho enquanto nós temos as formas de comunicação e entretenimento de fácil acesso, trazidas a nós de forma simples para que as compreendamos. A falta de estimulantes dentro da arte, política e da vida fazem nossos padrões caírem e por isso nos contentamos com programas de auditório e MTV. Nós não somos estúpidos, mas e formos tratados como ingratos começaremos a agir como crianças. A falta de formas de expressão que nos desafiem e pensamentos em chamas e autoconfiança nos garante uma vazia e passiva natureza. Portanto, reclame a arte, tome de volta a alta cultura para o povo, o povo trabalhador, o povo vivo, e queime as galerias de arte, as finas construções e edifícios pertencentes a eles. Porque nós, diferente da burguesia, não temos nada a perder e portanto nossa expressão erá a única expressão honesta, nossas palavras serão as únicas desafiadoras e nossa arte será a única espressão revolucionária. Nós precisamos de um novo barulho e novas vozes e novas telas para nos tornarmos algo mais do que os últimos poetas de uma geração inútil.

As credenciais com as quais o convocamos é apenas linguística jogada e arremessada como canções de descontentamento em chamas. O programa do partido Refused grita nem uma, nem duas, nem três, nem quatro, nem cinco, mas 6 ópios e 6 estruturas de mudança e 6 níveis de liberação. Não místicas, mas diretas e atrativas e enquanto gritamos "yeah!" você sentirá a mesma sensação melhor descrita por Thomas Paine: "Deixe que me chamem de rebelde e sejam bem-vindos, não me importo nem um pouco com isto; mas devo sofrer a angústia de demônios, se fizer de minha alma uma prostituta...". Aqui e agora e todo o tempo o toque místico e a óbvia mensagem. Contemple a sabedoria do programa do partido.

Pro (a favor) - ateste (testemunhe em favor). A hora é agora e ainda assim nos sentamos e esperamos que venha o agora que achamos precisar. O movimento de protesto tem fortes tradições e estamos longe de sermos os primeiros a reconhecer e usar o poder da música e das palavras de jovens poetas. Trememos pelo gosto dos dias desperdiçados e existe inspiração e clareza. Phil Ochs afirmou que "se tenho algo a dizer, direi agora" e ainda assim a música de protesto 68 é nada mais do que um pastiche, um projeto de sedução dos ecos que um dia encheram os corredores de repúblicas e dos quartos de garotos e garotas em uma era onde rebelião e revolta estavam presentes na arte e na música. Do primeiro ao último, do gosto da liberdade desejada às correntes da opressão, a arma do artista sempre tem sido utilizada.

O Refused está morto foi o que a secretária eletrônica disse, parece que é isso aí!!! Eles já falaram merda demais sobre os ricos e sobre o governo, você ouviu o que aquelas bichas disseram em algum fanzine que alguma outra pessoa leu. Ouvi falar que eles são apenas um bando de garotinhos mimados de classe média que precisam levar umas porradas. Ingratos! Covardes! O Refused está morto guaw huydsas kjhds aowedde (sequência de luta). O Refused está morto por ordem do general postal assim como os panteras, mas dessa vez é verdade pois a SAPO grampeou seus telefones e a polícia de Umea invadiu suas casas e eles devem estar mortos.

Você está pronto/a, baby? Para a forma do punk a vir. Pegue todo o equipamento e nos encontraremos no show. É horrível que alguém tão belo se importe. Todos reconhecemos a deixa do programa gritando do fundo de seus pulmões que "Estamos todos bem vestidos e temos um lugar para onde ir." Como os garotos rebeldes do swing dos anos 40 ou os jazzistas loucos dos anos 50 ou os mods estilosos dos anos 60, todos precisamos reconhecer que estilo, em oposição à moda, é necessário para desafiar o conservadorismo das culturas adolescentes forçadas sobre nós. Estritamente dentro de nosso estilo, mas com um toque de elegância e liberdade e individualismo. O uniforme e a produção de desafios construtivos vem nas mais inesperadas formas, Ornete Coleman reinventou o jazz e nós precisamos de uma nova batida para dançarmos e para então poder perguntar para o seu parceiro: você quer sair comigo, me ver ajoelhar e sangrar? Este encontro às escuras poderá lhe levar a lugares desconhecidos e tudo será novo e assustador e vital. Mas de qualquer modo não há perigo algum em procurar, explorar. Gritar "sim!" nunca teve um gosto tão bom como agora, e você nunca teve um cavelheiro tão sedutor andando de mãos dadas com você. A nova histeria adolescente de barulho e beijos e política e louco entretenimento e diversão nua e batidas e livros e poesias e viagens e estilo. Nunca foi seguro viver em um mundo que nos ensina a respeitar a propriedade e a ignorar a vida humana. Então, largue seus pertences e emabarque neste trem, desenterre esse som estático e pense que talvez dessa vez exista apenas nós, os garotos, tocando até o fim do dia, apenas nós, derrubando estátuas e quebrando as vidraças do parlamento, só apra mostrar a eles quem tem o poder na verdade. Este encontro às escuras nos levará para onde quisermos.

Um sonho não dura para sempre. Imagine as pirâmides sendo habitadas por alienígenas e os escuros corredores e sonhos e anseios por melhores condições financeiras. O suor corre por seu pescoço e você corre e corre e corre, coração batendo, cabeça explodindo, vivo essa noite. As ruas nunca dormem, elas brilham, vibrando com os ecos de risadas e alegria, gritos e palavrões. Precisamos apenas tirar um tempo e ver o que ela pode nos oferecer e como podemos nos livrar deste tédio que o reino capitalista forçou sobre nós. Hoje podemos ser poderosos como Tannhäuser e podemos vagar excitados pelos laibirintos e curvas sabendo que a derivé é de fato potente. Então para onde vamos?

O programa Apollo foi uma farsa ou assim dizemos. A maior mentira foi a economia de mercado que nos cegou com a glória da prosperidade e liberdade. As cartas foram dadas e nós todos perdemos, de joelhos sobre a terra esperando pela salvação e então olhamos e há pingos dourados do alvorecer funcionando como sagas orais, nos mantendo acorrentados, criando glória das mentiras que o espetáculo nos provê. E enquanto continuamos quietos, assistindo às novelas criadas para nos manter sangrando por nossos olhos e nos manter suspirando e concordando, ainda há esperança na bomba de petróleo e nela, a revolução. Pois na destruição e deposição há a certeza da salvação. Precisamos destruir o museu e seus velhos artefatos, precisamos demolir as estruturas de poder que escravizam e então na revolução podemos viver e estar vivos. Sim, este é o nosso hino e nosso louvor ao bravo e audaz estranho na noite, do trabalhador revotado à esposa nervosa. Esperança, revolução e dedicação. Lute fogo com fogo e tudo irá se queimar.

Este manifesto é bem real."

REFUSED em The Shape of Punk to Come

segunda-feira, 26 de novembro de 2007


"""Teologia do Novo Barulho é uma força resistente de violência e sedução. Já que o Espetáculo dos modernos meios de produção está matando a verdadeira criatividade, nós gostaríamos de trazer uma nova batida para que pudéssemos gritar junto dela, disfarçada sob as aparências da cultura popular. Dentro da esfera da alienação capitalista, cada aspecto de nossas vidas é controlado e manipulado, e precisamos usar o poder investido em nós para trazermos à tona a total destruição da indústria que nos apóia com sons idiotas e nada criativos. Raspado das paredes da Rue de Asas, o poeta desconhecido poderia ter arquitetado o impecável ensaio da anarquia linguística e precisamos dentro de nossos meios musicais reprojetar os pensamentos e meios oferecidos à nós pela pervertida indústria musical. Tirando o foco da relação produtor/consumidor e colocando-o na dialética e na comunicação, precisamos desafiar e nos tornar algo mais do que ítens nostálgicos. Precisamos obedecer nossas próprias leis e desejos, os da revolução e os da mudança e da imprevisibilidade. Precisamos aplicar o novo barulho à nossa vida cotidiana para fazer dela uma força verdadeiramente inspiradora.
Sua arte não vale nada. Como uma cidade sem significado, não há esperança para sua criação. "

Refused-trecho do manifesto presente no disco "the shape of punk to come"

sábado, 24 de novembro de 2007


Acho que eu perdi tempo demais da minha vida dando murro em ponta de faca , achando q isso fosse trazer alguma coisa que eu , imbecil ,fiquei igual um idiota esperando, e deixei o resto todo passar...como se valesse a pena, perder uma vida toda com isso...

Sim! Sim! Estou na categoria daqueles imbecis q perderam mais tempo com música pop que com a própria vida... Que acharam que seriam grande coisa sabendo tocar (mau) algum instrumento,sabendo o nome daquele EP estúpido, que tinha aquela musica idiota que ninguém conhece..como se isso fosse trazer alguma coisa de útil pra vida de alguém...

Livros e música se tornaram uma fuga q acabou tomando mais espaço na minha vida q a própria vida... Como para uma bela quantidade de pessoas da minha geração creio eu... A bem dizer.. Eu me sinto como um idiota inútil... Desprovido de talento pra qualquer coisa que preste... Sim!Um idiota inútil!que não consegue nem tomar as rédeas da própria vida...sim..como um idiota apaixonado por um prostituta cara,que come seu tempo e dinheiro,mas que nunca vai retornar da forma que a besta quadrada espera...

Minha vida social é uma lástima... Acho q estou na lista de idiotas q achou q se fechar pra uma série de coisas,ser um babaca retraído de propósito ia fazer dele um Ian Curtis,um Kurt Cobain,ou um Thom York...Sendo que não!!isso nunca me serviu pra merda nenhuma...praticamente já acho que essa merda nunca vai me servir de nada...não tenho a mínima vontade de virar critico de música..que via de regra é um músico frustrado pronto pra jogar pedra no trabalho de quem conseguiu o que ele não conseguiu...não sei contar história s usando referencias da música pop pra dar um colorido razoável como gente tipo o Nick Hornby faz...

Se você está começando a perder seu tempo, como eu, com essa maldita prostituta chamada música pop( ou qualquer outro nome que ela use) não perca seu tempo!não, você nunca vai ser bosta nenhuma com isso...nunca vai pegar ninguém por causa daquele EP daquela banda inglesa que ninguém nunca ouviu falar! Não vai ganhar dinheiro com isso!Não vai ser bosta nenhuma com isso!Isso só vai te fazer o cara esquisito que todo mundo adora fazer de palhaço...o cara q nunca consegue nada..é melhor não perder seu tempo com a Puta da música pop...e tenho dito!

domingo, 18 de novembro de 2007

O Copyleft explicado às crianças
Para tirar de campo alguns equívocos
por Wu Ming 1 - traduzido para o português por eBooksCult.com.br

'Mas se qualquer um pode copiar seus livros e fazê-lo sem comprá-los, como vocês sobrevivem?' Esta pergunta é feita freqüentemente, na maioria das vezes seguida desta observação: 'Mas o copyright é necessário, é preciso proteger o autor!'.

Este tipo de enunciado revela quanta fumaça e quanta areia a cultura dominante (baseada no princípio da propriedade) e a indústria do entretenimento conseguiram lançar nos olhos do público. Nos media e nos encéfalos campeia a ideologia cunfusionista em matéria de direitos autorais e de propriedade intelectual, apesar do renascer dos movimentos e as transformações em curso os estarem pondo em crise. Só aos sangue-sugas e aos parasitas de toda espécie é cômodo fazer crer que 'copyright' e 'direito autoral' são a mesma coisa, ou que a contraposição seja entre 'direito autoral' e 'pirataria'. Não é assim.

Os livros do coletivo Wu Ming são publicados com os seguintes dizeres: 'É permitida a reprodução, parcial ou total, da obra e a sua difusão por via telemática para uso pessoal dos leitores, desde que não com finalidade comercial'. Na base está o conceito de 'copyleft' inventado nos anos Oitenta pelo 'free software movement' de Richard Stallman e companhia e atualmente difundido em tantos setores da comunicação e da criatividade, da informação científica às artes.

'Copyleft' (denso jogo de palavras intraduzível em italiano*) é uma filosofia que se traduz em vários tipos de licenças comerciais, a primeira das quais foi a GPL [GNU Public License] do software livre, nascida para proteger este último e impedir que qualquer um (Microsoft, para mencionar um nome ao acaso) se apossasse, privatizando-os, dos resultados do trabalho da livre comunidade dos usuários (para quem não o sabe, o software livre tem o 'código-fonte aberto', o que o torna potencialmente controlável, modificável e aprimorável pelo usuário, sozinho ou em colaboração com outros).

Se o software livre tivesse permanecido simplesmente em domínio público, cedo ou tarde os rapaces da indústria o teriam colocado sob suas garras. A solução foi virar o copyright pelo avesso, para trasformá-lo de obstáculo à livre reprodução em suprema garantia desta última. Em poucas palavras: ponho o copyright, uma vez que sou proprietário desta obra, portanto aproveito deste poder para dizer que com esta obra você pode fazer o que quiser, pode copiá-la, difundi-la, modificá-la, mas não pode impedir outro de fazê-lo, isto é não pode apropriar-se dela e impedir sua circulação, não pode colocar nela um copyright seu, porque ela já tem um, me pertence, e eu te enrabo.
Concretamente: um cidadão comum, se não tem o dinheiro para comprar um livro do Wu Ming ou não o quer comprar às escuras, pode tranqüilamente fotocopiá-lo ou passá-lo por um scanner com software OCR, ou - solução muito mais cômoda - pegá-lo grátis do nosso sítio www.wumingfoundation.com. Esta reprodução não é visando lucro, e nós a autorizamos. Se em vez disso um editor estrangeiro quer fazê-lo traduzir e comercializá-lo em seu país, ou se um produtor cinematográfico quer fazer dele roteiro de um filme, neste caso a utilização visa lucro, portanto estes senhores deverão pagar (porque é justo que 'lucremos' nós também, já que nós é que escrevemos o livro).

Voltanto à pergunta inicial: mas não perdemos dinheiro com isso?
A resposta é um seco não. Cada vez mais experiências editoriais demostram que a lógica 'cópia pirateada = cópia não vendida' de lógico não tem mesmo nada. De outro modo não se compreenderia como pôde o nosso romance Q, disponível grátis há mais de três anos, ter chegado à duodécima edição e superado duzentas mil cópias vendidas.
Em realidade, editorialmente, quanto mais um obra circula, mais vende. Exemplos dignos de respeito nos vêm dos USA - que seguramente são um país obsessionado pela propriedade intelectual - e foram expostos com cristalina precisão pelo meu colega Wu Ming 2 em um artigo que você pode ler aqui: http://www.wumingfoundation.com/ italiano/ Giap/ giap2_IV.html #copyright1

Mesmo sem incomodar o Massachussetts Institute of Technology, basta trocar em miúdos o que acontece com nossos livros: um usuário X se conecta ao nosso sítio e pega, digamos, 54; faz isso do escritório ou da universidade, e quando imprime, não gasta um centavo; lê e gosta; gosta tanto que decide dá-lo de presente, e não pode fazer o papelão de dar de presente uma resma de papel A4! Por isso, vai a uma livraria e compra. Uma cópia 'pirateada' = uma cópia vendida. Há quem tenha pego um livro nosso e, depois de lê-lo, o deu de presente pelo menos seis ou sete vezes. Uma cópia 'piratata' = mais cópias vendidas. Mesmo quem não dá o livro de presente, porque está sem dinheiro, como gostou do livro, fala dele por aí e cedo ou tarde alguém o comprará ou fará como foi descrito acima (download-leitura-compra-presente). Se alguém não gostar do livro, pelo menos não terá gasto um tostão.

Deste modo, como acontece com o software livre e com o Open Source, concilia-se a exigência de uma justa compensação pelo trabalho desenvolvido por um autor (ou mais genericamente de um trabalhador do conhecimento) com a proteção da reproductibilidade da obra (isto é do seu uso social). Exalta-se o direito autoral deprimindo o copyright, na cara dos que crêem que são a mesma coisa.

Se a maioria dos editores não se apercebeu ainda desta realidade e ainda é convervadora em matéria de copyright, é por questão mais ideológica que mercantil, mas acreditamos que não tardarão a acordar. A editoração não está em risco de extinção como a indústria fonográfica: a lógica é outra, outros os suportes, outros os circuitos, outro o modo de fruição, e sobretudo a editoração não perdeu ainda a cabeça, não reagiu com retaliações em massa, denúncias e processos à grande revolução tecnológica que 'democratiza' o acesso aos meios de reprodução. Há alguns anos uma masterização de cd só a tinha à disposição uma gravadora, hoje a temos em casa, em nosso computador pessoal. Para não falar do peer-to-peer etc. Esta é uma mudança irreversível, frente à qual toda a legislação sobre propriedade intelectual se torna obsoleta, vai em putrefação.

Quando o copyright foi introduzido, há três séculos, não existia nenhuma possibilidade de 'cópia privada' ou de 'reprodução sem fins de lucro', porque só um editor concorrente tinha acesso às máquinas tipográficas. Todos os demais só podiam ficar quietinhos e, se não podiam comprá-los, simplesmente renunciar aos livros. O copyright não era percebido como anti-social, era a arma de um empresário contra um outro, não de um empresário contra o público. Hoje a situação está drasticamente mudada, o público não está mais obrigado a ficar quietinho, tem acesso ao maquinário (computador, fotocopiadoras etc.) e o copyright é uma arma que dispara na multidão.
Haveria ainda um outro assunto a tratar, muito mais importante: partimos do reconhecimento da gênese social do saber. Ninguém tem idéias que não tenham sido direta ou indiretamente influenciadas por suas relações sociais, pela comunidade de que faz parte etc. e então se a gênese é social também o uso deve permancer tal qual. Mas este é um assunto muito longo. Espero ter me explicado bem. Para esclarecimentos ulteriores: giap@wumingfoundation.com

(*)'Left (esquerda) pode se contrapor a right: direita, mas também direito. Copyright seria, a uma só vez, direito de copiar, mas também cópia de direita. Ainda mais, left pode ser o passado de leave (deixar), significando cópia deixada, no sentido de deixar copiar. Estes sentidos escapam também em português, não apenas em italiano. Esses jogos de palavras, sintéticos, são interessantes e, muitas vezes, exprimem melhor o pensamento do que complexas expressões lineares. Nesta tradução, por exemplo, fui muito (muito mesmo!) tentado a traduzir 'espiegato ai bambini' por 'explicado aos miúdos', trocadilhando com nossa língua comum, nem tão comum, de lusitanos e portugueses d'aquém-mar:) - [NT]

sábado, 17 de novembro de 2007



REFUSED:THE SHAPE OF PUNK TO COME


Um dos melhores discos gravados na segunda metade dos anos 90 do século XX, tanto pela musica quanto pelas ideias contidas nela,nas letras e no manifesto anexo ao disco...
O título desse disco pode até soar meio pretencioso á primeira vista, mas resume bem o espírito do disco de despedida desses suecos,ao mesmo tempo que faz referencia ao clássico de Ornette Coleman, "the shape of the jazz to come" de 1959.
Um misto de música eletrônica, hardcore new school,metal alternativo, ideias anarquistas e situacionistas, visual mod, postura devastadora de palco...isso foi o Refused...pelo menos durante esse disco..que foi a pá de cal na banda...que acabou durante a tour de divulgação ...
tratando de temas como o papel revolucionário que a arte devia ter, alienação do homem através da divisão social do trabalho, a transformação do punk em arte inócua e repetidora de fórmulas desgastadas, a arquitetura das cidades modernas e seu papel como reforço das estruturas de poder e domínio social entre outros, o Refused foi uma das poucas bandas a ousarem em uma época que ousadia era artigo raro no mercado fonográfico...
Essa é a forma que o Punk hoje devia ter...pelo menos na minha estúpida opinião....
WE NEED NEW NOISE REAL ART FOR REAL PEOPLE!!!!

DOWNLOAD:

MANIFESTO(EM INGLÊS)


quinta-feira, 15 de novembro de 2007


A entrevista foi feita com uma das figuras mais interressantes da cena punk/alternativa sueca...Dennis Lyxzén!!figura central de bandas interressantes, revolucionárias e inteligentes como: Final Exit, Refused, (International) Noise Conspiracy e Lost Patrol Band... o entrevistador pergunta sobre suas duas bandas mais conhecidas, o extinto REFUSED e o atual (INTERNATIONAL) NOISE CONSPIRACY, a relação da sua musica com a politica e outros temas relevantes...
Aqueles que tiverem domínio da lingua inglesa e quiserem ler a entrevista no original, basta entrar no link no fim da entrevista...e desculpem a minha tradução porca!!
tudo bem que é sobre musica e etc..mas temmuita coisa ssbre coisas mais relevantes aqui nessa entrevista
enjoy!



Drawer B:
Com o Refused a embalagem das suas letras era tão furiosa quanto o seu conteúdo, mas com o (International) Noise Conspiracy você tem que refinar seus uivos em uma roupagem mais bonita, em uma estrutura musical mais tradicional, você acredita que o (international) noise conspiracy tenha a possibildade de ser uma ferramenta politica com um potencial tão forte quanto o Refused foi?

Dennis Lyzxen:
Eu acho que a Conspiracy e uma manifestação mais potente e radical que que o Refused era. Essa é uma visão pré-concebida do que uma banda politica deve ser, de como deve soar, de como deve parecer, o que torna as limitações desse estilo de expressão muito limitado. Eu acho que com a Conspiracy nós tocamos com emoções diferentes do Refused, indo mais direto ao ponto e com foco mais claro, mas também sendo entretainers melhores e mais apaixonados.nós também estamos tentando encaixar no projeto a idéia de que música atualmente é algo irrelevante e a única coisa que importa, se estamos falando de um contexto politico, é o que você produz com ela. nós vemos a conspiracy como um projeto que não está limitado a culturas juvenis estúpidas mas como um projeto direcionado a todos que gostem de música e politica. mudança politica não tem nada a ver com as roupas que costumamos usar.

Drawer B:

as platéias respondem/agem de acordo com a mensagem de vocês, quer concordem , quer não? Ou elas só gostam da música e esquecem sobre o que vocês falam?Ou então elas não estão nem aí pra isso?

Dennis Lyzxen:

A coisa mais importante a se perguntar é o que podemos fazer melhor e como podemos falar melhor de questões politicas e não é absolutamente possível ter a mínina noção de como as pessoas vão reagir.algumas dançam, outras ficam de saco cheio e algumas pessoas ficam realmente interessadas, mas o importante é que ninguém deixa os nossos show sem saber o que estamos fazendo.

Drawer B:

É isso que você espera fazer provocando um motim politico na cena punk/underground?

Dennis Lyzxen:
Nada...o punk não importa, mas sim uma mudança em uma escala mais profunda. revolução não tem nada a ver com estética/estilo de vida ,mas pode estar fundamentado naquilo que as pessoas são além disso(?). Então, a pergunta é essa aqui: Porquê tocar punk rock? Porque é o que conhecemos e de onde viemos, mas não nos contentamos com esse mundinho de politicas mesquinhas e regras pra liberdade. nós vamos tocar pra qualquer um que goste de nós ou pra qualquer um que nós achemos que mereçam. Nos limitar a uma cena/cenário não vai nos trazer nada. Mas há também um plano para fazer as pessoas pensarem que nada disso (zines, gravações ou shows) importa sem educação, organização e direção.

Drawer B:

*há muitos truques da arrogância socialista e propaganda anarquista e é senso comum que nada é mais inerentemente capitalista que o rock n' roll. Como você justifica estar em uma banda que claramente é um produto vendável e te dizem pra vender esse produto na forma de performances ao vivo e videos?

lyxzén
Tudo está a venda e não há absolutamente jeito nenhum de anular o capital, mas se nós estamos tentando usar os meios que nós temos a mão para destruir o que está a mão...Nós não vemos a minima diferença entre trabalhar para um grande selo, uma fábrica, ou uma mercearia.nós somos todos trabalhadores escravizando o homem.

Drawer B:

nos comentários do "Survival Sickness" você minimiza os efeitos de tocar as músicas ao vivo ou até gravar suas próprias idéias dizendo que a arte real reside em criar as idéias não em registrá-las. Você só está brincando de advogado do diabo ou você realmente acredita que gravações e performances ao vivo estão mortas e enterradas?

lyxzén:

Bem, nossa critica é que nada é criativo depois que já foi criado.Tudo bem que ver uma banda é legal, mas isso não tem nada a ver com processo criativo. Nós também temos que ver que as emoções que nós como banda damos para a platéia são emoções usadas que as pessoas pagam para tornar-se parte delas. Ao contrário de viver as emoções por si mesmas , eles as compram dos performers: assim, se adicionando a divisão(nde: social do trabalho?) e ao mito do artista criativo e da multidão consumidora. E ainda , se nós fossemos acreditar ingênuamente que não podemos conseguir nada com música, nós fariamos como os situacionistas e e parariamos de produzir arte. pelo contrário, nós pensamos de uma forma pragmática: NÓS TEMOS UMA IDÉIA, NÓS TEMOS UM VEÍCULO...

Drawer B:

Óbvio, que sucesso não era a maior motivação do Refused , considerando o fato que a banda acabou na véspera do seu álbum de maior sucesso. Você não se arrepende de não ter explorado atenção para atividades politicas?

lyxzén:
Não.

Drawer B.:
o "Shape of the Punk to Come" realmente não soa como uma banda que saia espalhando uma onda ou idéias. como um disco tão forte pode ter uma banda que "não estava mais nessa" por trás?

lyxzén:
esse que foi o lance- o álbum foi bom porque a banda estava a beira da implosão. nós estavamos cada um em uma merda diferente, e nós conduzimos isso para nos mantermos juntos até esse disco, mas depois... nós sabiamos que era o fim...

Drawer B:

você mencionou algumas entrevistas atrás que tem um monte de bandas contentes em regurgitar idéias de outras pessoas e que falham em levar as coisas adiante. tem alguma banda atual que faz o contrário e ganha a sua estima?

lyxzén:

Pra dizer a verdade, não. Tem gente criando coisas incríveis, mas nenhuma que faça a minha cabeça.


drawer b:

a musica do (International) Noise Conspiracy tem raízes no garage punk da década de 60 e chega perto do soul , como vocês se sentem carregando o rótulo e sendo comparados às outras bandas punks? Será que a música por si mesma pode inspirar a revolução ou isso depende só das letras?

lyxzén:

Emma goldman disse:"SE EU NÃO POSSO DANÇAR ESSA NÃO É A MINHA REVOLUÇÃO!" e A conspiracy é uma banda que é inteiramente baseada no soul e em dança e em paixão, nós acreditamos que qualquer revolução sem esses sentimentos será miserável, então se levarmos as pessoas a dançarem e então levarmos elas a viverem nem que seja por um momento...
Esse é o porquê nós tocamos uma música mais feliz e mais positiva que o a maioria do punk lá fora...ah! e nós nunca quisemos dizer que eramos originais...


retirada de:www.drawerb.com/features/968871224.htm

Tradução por Kaique Pimentel ( A.K.A Eu mesmo...) nenhum direito reservado...quem se achar no direito (ou no dever...) ROUBE, COPIE E DISTRIBUA PROS AMIGOS!!!!!!!!!!!!!!!

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Em meio ao que dizem por aí sobre pessoas, convívio social e comportamento, lamento discordar e chegar ao ponto de dizer que nada disso está certo. Não para mim, realmente estou tão antipático que ultimamente nem o que penso está sendo fácil para minha pouca sapiência, um temporal de idéias e pouca paciência para lhe dar com tudo o que vem acontecendo.
Continuo com minha base de teorias infundadas e afirmando que tudo isso é culpa do acaso, óbvio e simples, talvez se dissesse diferente não acharia estar bem. Claro, não estou, nunca estive, e que tal para de escrever texto de auto-flagelação, reclamações e pensar em escrever coisas que outras pessoas gostariam de ler? Mas tudo é tão previsível que até o que digo se torna completamente monótono e chato às vezes.
Isso não está sendo como realmente gostaria que fosse, mas enfim, acerte para que te elogiem e discorde para ver todos se voltando contra a você. Na verdade, no fundo, bem no fundo me considero uma pessoa mal realizada, sei porque mas prefiro deixar isso aos textos, tudo bem subentendido, algum dia fará um sentido a junção de tudo isso e talvez eu saiba o porque eu faço tudo isso. Gosto da alternativa básica para tudo, encho minha cabeça de bebidas, drogas e pressentimentos ruins, e acreditem funciona...
Por mais que não queira, continuo me enchendo de esperanças, auto-ilusões e blábláblá e o final todos nós já sabemos bem.
Por fim acabamos como nosso bom e velho amigo, John Doe, alguém que não liga muito para as coisas, sempre tem alguma resposta boa na ponta da língua para tudo isso, vivendo no anonimato, sabendo que ninguém dá a mínima para o que ele pensa e consequentemente não dando a mínima para isso. A única diferença é, bem, não sei qual a diferença, mas continuo achando John um pessoa muito bem resolvida, não tem amigos, não quer saber de namoradas pra ele o que importa, bebida e mais nada, assim penso, concepção errada? Não sei, concepção única, isso sim. O que sou? É mais fácil falar dos outros, meu maior erro é ainda continuar no amor, crença inútil até o momento. Acreditar em um dia que tudo pode dar certo, um otimismo pessimista e vão. Aaah quanta ingenuidade na minha pessoa, confesso, verdade. Que besteira você diz, que besteira você publica, que besteira você acredita, mas digo, porque não?!
Tememos o que não sabemos e acreditamos no que tememos, esse é o ciclo natural das coisas, alguns acreditam em dinheiro, outros acreditam em sua parte que faz na sociedade eu apenas estou tentando acreditar em mim mesmo, já seria um grande passo para novas lutas.
Isso! De um objetivo falho, uma desesperança crônica e outra, continuando com o mesmo medo, mas não perdendo a vontade de errar. Talvez o maior erro mas o maior crescimento que posso levar adiante. Isso sim é viver, minha vida não é excelente, minhas realizações não passam dos 2% mas meu rancor é muito maior do que isso, rancor que posso transforma-lo no que bem entender, e assim sigo vivendo. Sou mais um em milhões de “zes ninguém”, mas continuo a fazer barulho dentro de mim. Você se sente vivo?

chaosmentalgeral.blogspot.com

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Primeiro eu devo dizer...John Doe é como todos nós...um número em um estatistica q não diz nada sobre a realidade,uma parte do meio da pirâmide social...alguém que é confundido com todos os outros no meio da multidão em um centro de uma cidade grande qualquer do mundo, uma cara "comum",que faz todas as coisas "comuns", enfiado no TÉDIO que chamam vida "comum"...
John Doe é o homem enterrado até o pescoço em problemas triviais, pagar as contas, ter algum dinheiro sobrando, não morrer de TÉDIO com uma vida tão banal...entre tantos outros problemas que todos nós temos....
John Doe não tem a cara do Brad Pitt,não é casado com uma Angelina Jolie,não é tão vaidoso quando David Beckham, não é "descolado" como Johnny Depp, não é um monte de coisas...aliás deveriamos inclusive perguntar:"o que john Doe pode dizer que é?"
John doe é o cara que morre de tédio no fim de semana por que não tem um centavo pra gastar ,john doe é alguém mais perdido que cego em tiroteio no meio de tanta coisa que ele não pode, que ele não quer,que ele não sabe como proceder...
John Doe vem do mesmo lugar que todos nós viemos..e vai para o mesmo lugar....
John Doe é um cara que tem um emprego tão besta,mas tão besta, que um macaco bem adestrado poderia fazê-lo,John é um cara que faz uma faculdade besta e sem sentido,cercado de gente metida a besta,só por que tem q fazer um curso superior.
No fim das contas...John Doe é o tédio da vida moderna,John Doe é o inevitavel,John Doe SOU EU, John doe É VOCÊ,John Doe somos todos NÓS, completamente perdidos,sem conseguir ver alem das opções banais...Sim!no fim das contas todos somos John Doe...

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

"Você não é o seu trabalho.
Você não é o quanto tem no banco.
Nem as roupas que veste.

Escolha não ter uma TV grande
nem baixo colesterol
nem um abridor elétrico de latas
nem plano de saúde e dentário
e muito menos uma casa de dois andares numa rua arborizada e filhos que só tiram A+.

As coisas que você possui acabam te possuindo.
Você só é realmente livre após perder tudo.
Pois ai nao terá o que perder, e, em fim, encontrar-se-á livre.

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Eu vejo aqui as pessoas mais fortes e inteligentes.
Vejo todo esse potencial desperdiçado.
A propaganda põe a gente pra correr atrás de carros e roupas.
Trabalhar em empregos que odiamos para comprar merdas inúteis.
Somos uma geração sem peso na história.
Sem propósito ou lugar.
Nós não temos uma Guerra Mundial.
Nós não temos uma Grande Depressão.
Nossa Guerra é a espiritual.
Nossa Depressão, são nossas vidas.
Fomos criados através da tv para acreditar que um dia seriamos milionários, estrelas do cinema ou astro do rock.
Mas não somos.
Aos poucos tomamos consciência do fato.
E estamos muito, muito putos.

Você não é o seu emprego.
Nem quanto ganha ou quanto dinheiro tem no banco.
Nem o carro que dirige.
Nem o que tem dentro da sua carteira.
Nem a porra do uniforme que veste.
Você é a merda ambulante do Mundo que faz tudo pra chamar a atenção.

Nós não somos especiais.
Nós não somos uma beleza única.
Nós somos da mesma matéria orgânica podre, como todo mundo."

assim falou Tyler Durden em "o clube da luta"