quinta-feira, 15 de novembro de 2007


A entrevista foi feita com uma das figuras mais interressantes da cena punk/alternativa sueca...Dennis Lyxzén!!figura central de bandas interressantes, revolucionárias e inteligentes como: Final Exit, Refused, (International) Noise Conspiracy e Lost Patrol Band... o entrevistador pergunta sobre suas duas bandas mais conhecidas, o extinto REFUSED e o atual (INTERNATIONAL) NOISE CONSPIRACY, a relação da sua musica com a politica e outros temas relevantes...
Aqueles que tiverem domínio da lingua inglesa e quiserem ler a entrevista no original, basta entrar no link no fim da entrevista...e desculpem a minha tradução porca!!
tudo bem que é sobre musica e etc..mas temmuita coisa ssbre coisas mais relevantes aqui nessa entrevista
enjoy!



Drawer B:
Com o Refused a embalagem das suas letras era tão furiosa quanto o seu conteúdo, mas com o (International) Noise Conspiracy você tem que refinar seus uivos em uma roupagem mais bonita, em uma estrutura musical mais tradicional, você acredita que o (international) noise conspiracy tenha a possibildade de ser uma ferramenta politica com um potencial tão forte quanto o Refused foi?

Dennis Lyzxen:
Eu acho que a Conspiracy e uma manifestação mais potente e radical que que o Refused era. Essa é uma visão pré-concebida do que uma banda politica deve ser, de como deve soar, de como deve parecer, o que torna as limitações desse estilo de expressão muito limitado. Eu acho que com a Conspiracy nós tocamos com emoções diferentes do Refused, indo mais direto ao ponto e com foco mais claro, mas também sendo entretainers melhores e mais apaixonados.nós também estamos tentando encaixar no projeto a idéia de que música atualmente é algo irrelevante e a única coisa que importa, se estamos falando de um contexto politico, é o que você produz com ela. nós vemos a conspiracy como um projeto que não está limitado a culturas juvenis estúpidas mas como um projeto direcionado a todos que gostem de música e politica. mudança politica não tem nada a ver com as roupas que costumamos usar.

Drawer B:

as platéias respondem/agem de acordo com a mensagem de vocês, quer concordem , quer não? Ou elas só gostam da música e esquecem sobre o que vocês falam?Ou então elas não estão nem aí pra isso?

Dennis Lyzxen:

A coisa mais importante a se perguntar é o que podemos fazer melhor e como podemos falar melhor de questões politicas e não é absolutamente possível ter a mínina noção de como as pessoas vão reagir.algumas dançam, outras ficam de saco cheio e algumas pessoas ficam realmente interessadas, mas o importante é que ninguém deixa os nossos show sem saber o que estamos fazendo.

Drawer B:

É isso que você espera fazer provocando um motim politico na cena punk/underground?

Dennis Lyzxen:
Nada...o punk não importa, mas sim uma mudança em uma escala mais profunda. revolução não tem nada a ver com estética/estilo de vida ,mas pode estar fundamentado naquilo que as pessoas são além disso(?). Então, a pergunta é essa aqui: Porquê tocar punk rock? Porque é o que conhecemos e de onde viemos, mas não nos contentamos com esse mundinho de politicas mesquinhas e regras pra liberdade. nós vamos tocar pra qualquer um que goste de nós ou pra qualquer um que nós achemos que mereçam. Nos limitar a uma cena/cenário não vai nos trazer nada. Mas há também um plano para fazer as pessoas pensarem que nada disso (zines, gravações ou shows) importa sem educação, organização e direção.

Drawer B:

*há muitos truques da arrogância socialista e propaganda anarquista e é senso comum que nada é mais inerentemente capitalista que o rock n' roll. Como você justifica estar em uma banda que claramente é um produto vendável e te dizem pra vender esse produto na forma de performances ao vivo e videos?

lyxzén
Tudo está a venda e não há absolutamente jeito nenhum de anular o capital, mas se nós estamos tentando usar os meios que nós temos a mão para destruir o que está a mão...Nós não vemos a minima diferença entre trabalhar para um grande selo, uma fábrica, ou uma mercearia.nós somos todos trabalhadores escravizando o homem.

Drawer B:

nos comentários do "Survival Sickness" você minimiza os efeitos de tocar as músicas ao vivo ou até gravar suas próprias idéias dizendo que a arte real reside em criar as idéias não em registrá-las. Você só está brincando de advogado do diabo ou você realmente acredita que gravações e performances ao vivo estão mortas e enterradas?

lyxzén:

Bem, nossa critica é que nada é criativo depois que já foi criado.Tudo bem que ver uma banda é legal, mas isso não tem nada a ver com processo criativo. Nós também temos que ver que as emoções que nós como banda damos para a platéia são emoções usadas que as pessoas pagam para tornar-se parte delas. Ao contrário de viver as emoções por si mesmas , eles as compram dos performers: assim, se adicionando a divisão(nde: social do trabalho?) e ao mito do artista criativo e da multidão consumidora. E ainda , se nós fossemos acreditar ingênuamente que não podemos conseguir nada com música, nós fariamos como os situacionistas e e parariamos de produzir arte. pelo contrário, nós pensamos de uma forma pragmática: NÓS TEMOS UMA IDÉIA, NÓS TEMOS UM VEÍCULO...

Drawer B:

Óbvio, que sucesso não era a maior motivação do Refused , considerando o fato que a banda acabou na véspera do seu álbum de maior sucesso. Você não se arrepende de não ter explorado atenção para atividades politicas?

lyxzén:
Não.

Drawer B.:
o "Shape of the Punk to Come" realmente não soa como uma banda que saia espalhando uma onda ou idéias. como um disco tão forte pode ter uma banda que "não estava mais nessa" por trás?

lyxzén:
esse que foi o lance- o álbum foi bom porque a banda estava a beira da implosão. nós estavamos cada um em uma merda diferente, e nós conduzimos isso para nos mantermos juntos até esse disco, mas depois... nós sabiamos que era o fim...

Drawer B:

você mencionou algumas entrevistas atrás que tem um monte de bandas contentes em regurgitar idéias de outras pessoas e que falham em levar as coisas adiante. tem alguma banda atual que faz o contrário e ganha a sua estima?

lyxzén:

Pra dizer a verdade, não. Tem gente criando coisas incríveis, mas nenhuma que faça a minha cabeça.


drawer b:

a musica do (International) Noise Conspiracy tem raízes no garage punk da década de 60 e chega perto do soul , como vocês se sentem carregando o rótulo e sendo comparados às outras bandas punks? Será que a música por si mesma pode inspirar a revolução ou isso depende só das letras?

lyxzén:

Emma goldman disse:"SE EU NÃO POSSO DANÇAR ESSA NÃO É A MINHA REVOLUÇÃO!" e A conspiracy é uma banda que é inteiramente baseada no soul e em dança e em paixão, nós acreditamos que qualquer revolução sem esses sentimentos será miserável, então se levarmos as pessoas a dançarem e então levarmos elas a viverem nem que seja por um momento...
Esse é o porquê nós tocamos uma música mais feliz e mais positiva que o a maioria do punk lá fora...ah! e nós nunca quisemos dizer que eramos originais...


retirada de:www.drawerb.com/features/968871224.htm

Tradução por Kaique Pimentel ( A.K.A Eu mesmo...) nenhum direito reservado...quem se achar no direito (ou no dever...) ROUBE, COPIE E DISTRIBUA PROS AMIGOS!!!!!!!!!!!!!!!

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