sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008



Manifesto da Filosofia Bozo

por Reverendo Ibrahim Cesar

Não, os filósofos que seguiram a auto-denominada Filosofia Bozo jamais se levaram a sério. Na verdade, de acordo com o ponto de vista de muitos deles, não havia outra forma de se levar. O principal ponto de ruptura que caracterizou o movimento como uma filosofia diferenciada foi que, se antes tentava-se entender o mundo ou ensinar aos homens o-que-quer-que-seja, isso foi totalmente desprezado pela Filosofia Bozo. Que declarou por um de seus porta-vozes:

“Nosso objetivo é matá-los. Matá-los de rir.”

Ora, dizem eles, caso a filosofia se ocupasse de julgar um dos grandes assuntos e chegasse a um veredito sobre isso, digamos sobre a existência ou a não-existência de deus, que impacto isso teria?

No dia seguinte a tal veredito, de certo as pessoas acordariam como todas as outras manhãs, fariam suas coisas e viveriam como todos os outros dias

A Filosofia Bozo apenas assumiu o que se sabia desde sempre: Não é possível ensinar a quem quer que seja aquilo que ele já acha que sabe.

DEFINIÇÃO DE FILOSOFIA BOZO

A Filosofia Bozo não têm definição e isto vêm direto das páginas do Principia Discordia como muitos devem ter notado. De fato é altamente documentado que os primeiros a aderir ao movimento eram de fato discordianos ou simpatizantes e usaram muitos conceitos discordianos em seus trabalhos.

Rev. Ibrahim Cesar chegou a declarar que a Filosofia Bozo guardada as devidas proporções era uma tentativa de criar um discordianismo laico. Muitos detratores tentavam denunciar essa ligação da Filosofia Bozo com o Discordianismo, como o objetivo de uma se parecia muito com que no Discordianismo se chama Operação:Mindfuck. “A Filosofia Bozo não passa de Mindfuck!” declaravam aos berros ao que eram respondidos em meio a troças deles: “Dizer que a Filosofia Bozo é Mindfuck, é Mindfuck”

Eles queriam resgatar o protagonismo da filosofia que hoje não passava de uma tia velha que ninguém mais dá atenção.

“Estamos cansados de filosofos dedicarem suas vidas a reinterpretarem Nietzsche, Hegel e Kant. Eles estão mortos. A morte sempre teve uma importância fundamental no pensamento humano pois ela elimina os conservadores da geração anterior, relutantes em abandonar uma teoria velha e falaciosa para adotar uma nova e mais precisa. A Filosofia Bozo é imediatista. Queremos falar do aqui e agora e não rever a moral da Grécia Antiga.”

Foi no Manifesto da Filosofia Bozo publicado pela primeira vez na Cabala 1001 Gatos de Schrödinger que Rev. Ibrahim Cesar declarou iniciado o movimento com estas palavras: “Eu sou Rev. Ibrahim Cesar e estou me citando na terceira pessoa a fim de conseguir a tão almejada imparcialidade. Eu declaro que a Filosofia Bozo começa em 5,4,3,2,1…AGORA!”

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